Pérez diz que questionou suas habilidades: "Não posso ser tão ruim assim"
- Vicente Soella
Após o Grande Prêmio do Catar, Sergio Pérez estava sem palavras. O décimo lugar na corrida, a oitenta segundos do vencedor Max Verstappen, obviamente não era o que ele esperava. Após o resultado negativo (mais um), o piloto do carro #11 da Red Bull Racing admitiu que chegou a questionar sua habilidades.
Imediatamente após o Grande Prêmio do Catar, Pérez decidiu viajar para a Inglaterra para passar três dias trabalhando no simulador. Olhando para trás, o vice-campeão mundial diz que aquele foi "provavelmente o meu pior fim de semana no esporte". "Foi um fim de semana tão ruim que eu realmente me senti como: 'Não posso ser tão ruim assim, tem alguma coisa acontecendo'", relembrou Pérez.
Trabalho no simulador
Depois de horas de sessões no simulador, o mexicano e seus engenheiros chegaram à conclusão de que as coisas tinham dado muito errado com a configuração do seu carro no Catar. "Mas, depois que conseguimos entender isso, compreendemos muitas coisas que estávamos tentando compensar. E isso basicamente significava que não estávamos fazendo as coisas certas. Acho que isso foi muito, muito bom para nós. Quero dizer, foi ruim o que aconteceu, mas, de certa forma, foi muito bom porque fortaleceu bastante a nossa equipe", completou Pérez.
Depois do Grande Prêmio do Catar - onde Max Verstappen conquistou definitivamente seu terceiro título mundial -, o #11 de fato melhorou em termos de ritmo de corrida. No entanto, ele não conseguiu transformar o bom desempenho em resultados surpreendentes. No Grande Prêmio de São Paulo, por exemplo, o mexicano foi ultrapassado na última volta por Fernando Alonso, e em Las Vegas, o mesmo aconteceu, mas agora o seu algoz foi Charles Leclerc. Mesmo assim, Pérez venceu a disputa contra Lewis Hamilton e terminou o ano como o segundo colocado na classificação final de pilotos.